A polivalência da mulher e o poder feminino

Dia Internacional da Mulher

A história da mulher na sociedade é também uma história de vanguarda. Desde a época pré-moderna, movimentos sufragistas que lutaram pelo voto feminino e organizações femininas que buscaram – ainda em estruturas sociais plenamente dominadas por uma cultura patriarcal – direitos e oportunidades, sobretudo na Europa e nos Estados Unidos, foram determinantes para que hoje celebremos, todo dia 08 de março, o Dia Internacional da Mulher. Esta data, que foi reconhecida oficialmente em 1975 pelas Nações Unidas, mas que remonta a coragem dessas primeiras desbravadoras, ainda no início do século XX, por espaços de igualdade.

Mas a força e o protagonismo se estendem para além dos campos da luta política. Na arte, por exemplo, mulheres se destacaram dentro de contextos em que, novamente, toda a conjuntura social lhes privava de terrenos de fala e autonomia.

Mulheres Memoráveis

Pensemos, por exemplo, na poetisa Safo (ainda no século VI A.C.), nas escritoras britânicas Jane Austen e Emily Brontë (que figuram entre os principais nomes da literatura dos séculos XVIII e XIX e cujas obras, até hoje, influenciam artistas em todo o mundo) e nas modernistas brasileiras Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Pagu, que revolucionaram o universo da pintura, da literatura e até mesmo os costumes sociais no Brasil dos anos 20.

Política, arte, vanguardismo, coragem e luta. Essa polivalência de sentidos, sem dúvidas, é própria da mulher. Mulheres que são independentes, mães, executivas, intelectuais, professoras, acadêmicas e que são líderes como Michelle Obama, cientistas como Ada Lovelace, artistas que marcaram uma geração como Billie Holiday.

Ser mulher

Mulheres que, por sua vez, carregam consigo leveza e equilíbrio; destemor e maturidade; empatia e amor; e cuja essência se manifesta em mulheres trans, homossexuais, cisgênero e também em homens que buscam aprender e absorver elementos do feminino para suas vidas, pois, como bem disse a escritora inglesa Virginia Woolf, quando há o equilíbrio entre as forças do feminino e do masculino “a mente é fertilizada por completo e usa todas as suas faculdades”.

Me remetendo novamente a história, no entanto, é importante que não nos esqueçamos das mulheres anônimas, comuns, que viveram (e ainda vivem) sob condições adversas e que perseveram mesmo diante dos maiores obstáculos. A própria Virginia Woolf, aliás, observou com precisão – e mesmo diante destes exemplos aqui citados que conseguiram superar barreiras estruturais imensas – que pela maior parte da história, a mulher foi mantida como o ser anônimo.

O poder feminino de transformar vidas

Esse anonimato e a simplicidade, todavia, jamais podem ser traduzidos como a ausência das virtudes da força e da coragem que discuto aqui – muito pelo contrário. Em minha vida, tive a honra de conviver com mulheres inspiradoras e advindas dos mais diversos contextos socioeconômicos, que criaram seus filhos transmitindo valores de cidadania, empatia pelo próximo e humanismo; que construíram carreiras valorosas e que conquistaram o respeito e o carinho por onde passaram; que me apoiaram nos mais diversos desafios e na própria dinâmica de minha vida familiar e profissional.

Porque ser mulher, afinal de contas, é também ter a capacidade de encarar qualquer cenário e, como diamantes, brilhamos e deixamos marcas na vida de todos – de nossos colegas, familiares, filhos, namorados, namoradas, amigos e cônjuges. E mesmo que hoje já tenhamos conquistado muitos espaços no mercado e na sociedade – honrando assim a luta das mulheres citadas ao longo deste artigo – a grande verdade é que uma série de bloqueios ainda precisam ser vencidos.

A realidade hoje

A disparidade salarial no mercado, por exemplo, ainda é uma realidade chocante diante de um mercado em que tanto se discute sobre a importância da diversidade e da inclusão. Sobre este ponto, dados de uma pesquisa da Catho divulgados no fim do ano passado alertam para o fato de que lideranças femininas ganham até 19% menos que homens e que uma mulher, com a mesma formação acadêmica que um homem, chega a ter ganhos 43% menores. E essa realidade se faz presente mesmo quando levamos em conta que as mulheres são maioria quando pensamos em profissionais graduados (52%) e pós-graduados (56%).

Isso sem falarmos em problemas sociais como a violência contra a mulher (sexual, física e psicológica), paradigmas culturais relacionados à liberdade sexual e o próprio sexismo que em pleno século XXI ainda se faz presente – um estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) divulgado em 2020 apontou que 90% da população global tem algum tipo de preconceito contra a mulher relacionado a questões que vão da presença política e oportunidades educacionais aos seus direitos reprodutivos.

Sim, o caminho ainda é longo para que possamos falar, de fato, em um contexto de equilíbrio e igualdade. Não tenho dúvidas, entretanto, que seremos capazes de trilhá-lo, pois se com nossa polivalência, sororidade e contínua resiliência transformamos (e criamos) vidas, nada nos impede de transformarmos (e criarmos) uma nova cultura e um novo ecossistema social em que todos e todas poderão exercer sua autonomia e seguir o rumo de suas escolhas.

FELIZ TODOS OS DIAS A TODAS AS MULHERES.

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Lady é CEO da LadyMorais Human Capital, uma consultoria focada, genuinamente, no desenvolvimento humano e organizacional. É conselheira e VP do Instituto Brasileiro de Accountability e professora do MBA de Fraude e compliance da FIA.

>>Leia também o artigo especial Mulher de 2021: O que vim fazer aqui?

>>>Na imagem “Mulheres Incríveis”: Ada Lovelace, Frida Kahlo, Agatha Christie, Luiza Trajano, Princesa Diana, Billie Holiday, Jacinda Ardern, Virgínia Woolf, Jane Austen, Oprah Winfrey, Pagu, Michelle Obama, Malala Yousafzai, Tarsila do Amaral, Angela Merkel

imagem: friendsBee ✨

No fundo do poço pode haver um trampolim …

No fundo do poço pode haver um trampolim ...

Quando a Andréa me convidou para escrever no blog da friendsBee sobre meu colapso emocional, eu fiquei um pouco reticente… não porque apresento alguma dificuldade em abordar o tema, mas porque sempre o abordei de forma oral e informal… aqui está sendo a primeira vez que o farei de forma escrita.

É um assunto tão denso, profundo, com repercussões que ainda venho digerindo desde então… eu me sinto tentando colocar uma baleia em uma lata de sardinha.

Contudo, aceitei o desafio e agora vou encará-lo: tentarei escrever de forma mais narrativa, tentando evitar eventuais juízos de valores. Gosto muito do que li de Immanuel Kant, no seu livro “Crítica da Razão Pura”. Ele nos remete à ideia de que não temos acesso à realidade objetiva (a qual ele cunhou o termo “coisa em si”), mas sim aos “fenômenos”, que são as experiências da mente originadas a partir da realidade objetiva. Assim, reconheço que o que ocorreu comigo vem sofrendo inúmeras transformações ao longo do tempo.

Eu estava na altura dos meus 40 e poucos anos, executivo de uma empresa se internacionalizando e tinha essa expansão internacional como uma das minhas responsabilidades. Trabalhava em uma startup com menos de uma década de existência, mas com grandes conquistas: mais de 300 colaboradores, com serviços lançados com as marcas de todas as Telcos brasileiras, algumas cadeias varejistas e outras Telcos pela Argentina, Chile e México. Os fundadores eram (e são até hoje), além de grandes amigos, pessoas inspiradoras, as quais admiro muito pela visão de mundo e capacidade produtiva.

Algo não encaixa…

Poderia me considerar uma pessoa bem-sucedida, com muitos amigos, uma vida social bem agitada, mas sentia que havia alguma coisa que não se encaixava. Entretanto, por mais que olhasse em volta, só conseguia enxergar motivos para me sentir grato. No entanto, tinha uma dificuldade imensa de acordar às segundas-feiras. Por incontáveis vezes, eu entrava no meu quarto na sexta-feira à noite e só saía dele na segunda ou na terça, com muita força de vontade.

Aos poucos, fui organizando a minha vida para trabalhar mais de casa, aproveitando-me do bom relacionamento que conquistara na empresa. Comecei utilizando esse artifício durante as manhãs de segunda-feira, que logo passaram para o dia todo. Algumas semanas eu me atrevia a abusar dessa confiança e acabava ficando em casa também na terça-feira.

Até que, em uma determinada sexta-feira, entrei no meu quarto, desliguei meu celular e não consegui me reconectar ao mundo por mais de 2 semanas. Esse isolamento só foi interrompido pela minha irmã, que saiu de Ribeirão Preto e viajou até o meu apartamento de São Paulo, ameaçando arrombar a porta se eu não atendesse. Nesse período de isolamento, eu fiz todas as elucubrações que me pareceram possíveis e “mais adequadas” para finalizar minha jornada na dimensão terrena.

A importância da família

Minha irmã me resgatou em São Paulo e me levou para Ribeirão Preto, diretamente para o consultório de um psiquiatra que já aguardava minha chegada para encaixe na agenda. Foi uma consulta rápida, com poucas perguntas, que resultou na prescrição de um antidepressivo e um atestado para apresentação na empresa que trabalhava (esse último, a meu pedido). O atestado foi bem objetivo e lacônico: eu me lembro apenas que recomendava o meu afastamento por 45 dias, devido entre outras razões à apresentação de “tendências suicidas”. Eu me encontrava tão devastado à ocasião, que nem me importei muito em compartilhar esse tipo de atestado com o RH e meus gestores na empresa.

Estávamos em agosto de 2016 e a empresa me manteve em seu quadro de funcionários até dezembro daquele ano, quando, por minha própria iniciativa, achei por bem pedir meu afastamento definitivo por entender que aquela vida que eu vivia não caberia mais no meu futuro. A decisão me pareceu correta em termos éticos, mas a falta de perspectiva do que faria da vida dali em diante me jogou novamente para dentro do meu quarto (desta vez, em Ribeirão Preto).

A importância dos amigos

Ao final de janeiro de 2017, recebi a visita de dois amigos de infância. Eles me fizeram tomar um banho e me levaram para dar uma caminhada no parque. Durante a conversa, um deles me perguntou se eu aceitaria conversar com o psicanalista dele. Eu me dispus a encontrá-lo, mas adiantei que sem renda, não poderia me comprometer com qualquer tratamento. Ele só me disse: “um passo de cada vez. Primeiro, vamos ver se você gosta dele e ele de você.”

Marcamos a consulta, fui conhecê-lo e conversamos por quase duas horas. A conversa foi excelente, mas, com a falta de visibilidade de como poderia dar continuidade ao processo, não me permiti muita empolgação. Passaram-se algumas semanas e recebi a visita deste amigo novamente, que me deu a notícia mais emocionante da minha vida até então: ele havia juntado 15 amigos em comum que se cotizaram para me dar de presente 1 ano de psicanálise.

O trampolim

A partir dali iniciei uma profunda caminhada ao autoconhecimento, o qual penso ser uma base sólida onde eu posso construir melhores métodos para lidar com meus diversos sentimentos, de forma a privilegiar a gratificante sensação de “estar de bem com a vida”.

Este texto sintetiza uma longa noite escura: o primeiro contato com meu mundo interno. Esse episódio, por mais duro que foi vivenciá-lo, colocou-me de forma despida, permeável a novos vértices e aprendizados profundamente significativos. É muito comum criarmos personagens para nós mesmos e acreditarmos que somos esses personagens, distanciando-nos de nossas essências, até que não seja mais possível identificar quem somos, ou melhor ainda, quem podemos ser. No meu caso, por exemplo,

noto que minhas memórias anteriores ao colapso emocional são muito turvas … como um sonho esfumaçado … é como se eu estivesse vivendo a vida de outra pessoa … um espectro de mim mesmo …

Posso afirmar que nutro profunda gratidão por esse episódio. Não consigo me imaginar em uma posição melhor do que estou hoje, se não tivesse vivenciado tudo isso. Foi necessário para desconstruir vários dos meus dogmas e abrir espaço para uma caminhada mais frutífera e construtiva de vida.

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André é sócio fundador de uma produtora de cinema, uma empresa de consultoria e trabalha como executivo de uma grande empresa de tecnologia.

Acima de tudo, um entusiasta do autoconhecimento enquanto jornada reveladora para nortear melhor as nossas escolhas, decisões e renúncias do dia a dia.

>> Gostou? continue a sua reflexão com o artigo “Quantas vidas você tem”, da fundadora da friendsBee, Andréa Destri

>>> Agradecimento pela imagem: Benjamin Sow ✨

A Relevância das Práticas Contemplativas para a Saúde Emocional

Atividades Contemplativas

Em certos dias, é a ansiedade e dor de cabeça, em outros, noites entrecortadas pelos pensamentos repetitivos e questões não resolvidas. Ombros ‘eternamente’ enrijecidos, aquele incômodo na cervical. Ou é o estômago que não anda muito bem? Seguimos esquecendo ou adiando pendências e compromissos mais uma vez, empilhando ou embolando mesmo os tópicos importantes e urgentes. Vamos fazendo o que dá, até as próximas férias ou algum alívio no fim de semana.  

Frustração, medo, reações exageradas ou anestesiadas. São muitas as faces emocionais e respostas físicas em decorrência de uma normalidade viciante e viciada, muito convincente em meio a métodos de gestão de tempo e produtividade. Entre as horas que temos e as que precisamos, nossas armadilhas envolvem aspectos psicológicos e estruturais a respeito da ocupação.  

Precisamos de Espaço

Frequentemente converso sobre os estados regulares de tensão e alerta que vivemos. Seja nos atendimentos que faço ou com pessoas que conheço. Por vezes, entram também na pauta o cansaço e a culpa. “Não há tempo a perder” costuma ser o mantra, mas o que a gente precisa mesmo é de Espaço.

“Eu imagino um dia em que os exercícios mentais possam fazer parte de nossas vidas diárias tanto quanto os exercícios físicos e a higiene pessoal” – Dr. Richard Davidson, neurocientista, fundador e diretor do Center for Healthy Minds

De uma perspectiva de cuidado com o bem-estar pessoal, esse Espaço que menciono é a necessidade de incluir ‘respiros mentais’ ao cotidiano, através de atividades que restabelecem o equilíbrio emocional e físico, assim como reconexões com nosso senso de Propósito e autonomia, fortalecendo laços de qualidade. Cito especialmente as Práticas Contemplativas como fonte inesgotável de desenvolvimento pessoal e amplitude de visão, frente aos cenários que se apresentam, de maneira mais sistêmica.

As Práticas Contemplativas

O termo contemplativo, tido originariamente como o ato da apreciação, influencia a ciência e ganha força em diversas frentes de pesquisa. A denominada Ciência Contemplativa é a ponte entre o estudo empírico da ciência e o estudo subjetivo e experimental da consciência. Permite um conhecimento mais profundo dos fenômenos mentais e neutraliza os efeitos dos desequilíbrios conativos (intenção e desejo), atencionais, cognitivos e afetivos.

Neste portfolio estão atividades milenares como meditação, pausas de silêncio, yoga, tai chi chuan, artes manuais, canto e música. Diálogos restaurativos ou escuta profunda, contação de histórias, journaling (registros como um diário), entre outros.
Cultivam um foco em primeira pessoa; às vezes com a experiência direta como objeto, enquanto outras se concentram em ideias ou situações complexas. Incorporadas ao cotidiano, elas agem como um lembrete para se conectar ao que achamos mais significativo.

As práticas contemplativas desenvolvem capacidades para concentração e acalmam a mente. Este estado de centralidade pode ajudar a desenvolver nossa habilidade em autorregulação, maior empatia e comunicação assertiva, reduzindo o estresse e aumentando a criatividade. Podendo ser implementadas através de orientação profissional ou de forma autodirigida.

É para todo mundo!

As práticas contemplativas são aplicáveis à  diversas áreas e diferentes perfis.

Fui me apropriando do valor dessa integração da vida ‘setorizada’ em 2012, quando retornei às práticas budistas e aprofundei em conhecimentos relacionados. Em paralelo, a trajetória com grupos colaborativos amadurecia e, ao lidar com os integrantes, surgiam inúmeras questões humanas mais amplas do que o processo criativo. Até culminar na formação como professora do Cultivating Emotional Balance e ingressar na psicologia, foram (e ainda são) muitas investigações, experimentações e estudos, para além dos modelos prontos.

O melhor de tudo é poder escolher e adaptar as práticas de modo que possam incorporar-se a vida de cada pessoa. Com o tempo, percebemos a necessidade e possibilidades de melhorias em um ou mais assuntos do dia a dia. Mais insights podem surgir e melhores respostas frente aos desafios.

Profissionais de diferentes áreas relatam maior autoconfiança, motivação, equilíbrio emocional e concentração, ao decidirem por uma ou mais práticas. Há inúmeras meditações que funcionam como porta de entrada e são a base essencial para as atividades. O journaling, por exemplo, foi foco de estudos* que comprovaram que dispensar 20 minutos do dia para relatar seus pensamentos e sentimentos podem melhorar a atitude, resiliência emocional, saúde física. 

Ao decidir realizá-las, é premissa ter em mente que a regularidade, mesmo oscilante inicialmente, é fator fundamental para adquirir o hábito. Assim como não construir expectativas sobre resultados e prazos, ou comparar-se com outras pessoas.

* Pesquisa conduzida por Joshua M. Smyth na Universidade de New York

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Cleyde Engelke é bacharel em Design com especialização em Design Thinking pelo IBMEC. Instrutora de Gestão Emocional pelo Albert Einstein e Santa Barbara Institute, com formação em mediação de conflitos e práticas de diálogo. Mentora de processos criativos individuais e em grupo.

>> Gostou do artigo e quer conhecer mais sobre as emoções? recomentamos Quando as emoções tomam conta do nosso ser

>>> Agradecimento pela imagem: Mohamed Hassan ✨

Perdas e Ganhos, a gangorra da vida!

Perdas e Ganhos, a gangorra da vida!

Vocês já repararam que nascemos perdendo?  

A primeira grande perda é o útero materno, e começa assim a grande batalha pela vida! Depois perdemos o colo, e com esta perda vem uma grande conquista. Nós aprendemos a andar! O primeiro degrau para a liberdade, de muitos outros que virão.

Todo esse processo é feito de quedas, tombos e incentivos. Naturalmente nossos pais ou responsáveis nos estimularam os passos. Assim, lentamente vamos largando aquelas mãos protetoras, e no cair e levantar escolhemos nos equilibrar!

E esse caminhar, a grande vitória por mérito próprio, nos impulsiona a não sermos rastejantes e seguirmos caminhando!  Dessa forma, em mais um degrau a conquistar, deixamos o aconchego do lar e vamos para a escola, nosso grande primeiro círculo social pós família. Lá perdemos os nossos mimos diários e aprendemos a conviver com outras crianças, que também estão aprendendo a viver sem os mimos e as mãos protetoras da família.

O grande Poder

 E dentre essas perdas, vejam… GANHAMOS! É o poder incrível que exercemos. Perdermos para Ganharmos. Perdemos o abrigo, o colo, a casa… ganhamos uma escola, uma professora, amigos barulhentos. Alguns espaços diferentes… a alfabetização! O poder da escrita, leitura, as quatro operações matemáticas. E o melhor… o grande poder da análise e da interpretação! E é nesse momento que sabemos que podemos avaliar, criticar e revolucionar o nosso micro universo. É mesmo um grande poder, pois como um ser pensante, que elabora e interpreta, podemos ser a própria REVOLUÇÃO.

Revolução tanto INTERNA como EXTERNA!!! Nesse momento, jovens ainda, sabemos que teremos um mundo, mas teremos que nos colocar perante a esse mundo, como mocinhos ou vilões, ou seja, ganhando ou perdendo.

Com o percorrer da VIDA, vamos perdendo a primeira escola, conhecendo a segunda como um espaço maior… Tudo é novo, tudo é conquista, tudo é desbravador!

Um belo dia, perdemos um ente querido e, nessa perda, ganharmos um novo contexto familiar! Diante dessa dor, aprendemos a conviver com o luto! Automaticamente acontece um reposicionamento, como em um jogo de tabuleiro… as peças restantes se ajustam ao jogo e ganhamos nosso novo papel social e continuamos a luta, afinal, há muitos degraus a subir.

Perdas trazem Ganhos

E com o novo jogo de perdas e ganhos continuamos! Perdemos ser apenas FILHOS e nos tornamos PAIS. Agora somos os grandes responsáveis pela vida de outras pessoas, logo, qualquer movimento nosso os atinge, para o bem ou para o mal. E no meio deste paradoxo da vida só nos resta GANHAR, porque agora a vida que era só minha impacta diretamente meus filhos, meus pais que viraram idosos…

Diante de tantas experiências com perdas, nos sentimos triunfantes porque vencemos em pedacinhos, dessa forma sutil, leve, natural, e ganhamos AUTONOMIA! Autonomia para sermos adultos, pais, profissionais. Para SERMOS livres de amarras sociais.

E nessa louca roda viva, sabemos que PERDER É GANHAR! Na perda ganhamos um empoderamento, uma capacidade de nos REINVENTARMOS.  

Então… nunca devemos parar diante de uma perda. Elas virão! E virão sem pena e sem piedade, mas dessa forma você se refará. E, dentro desse círculo de perdas e ganhos, nos tornamos uma máquina de transformação, onde tudo acontece naturalmente. Uma mágica construção, de forma intrínseca, quase imperceptível.

E quando você percebe, você GANHOU! Meu convite é para que façam esta reflexão agora mesmo.

Orgulho se si

Perceba, Você é a pessoa que já perdeu muito, mas que no meio de tantas perdas, obteve muitos ganhos. Você é VITORIOSA!

Você superou as perdas e brinda seu sucesso. Percebeu que pode escolher buscar os GANHOS provenientes das PERDAS.

Diante do exposto, quero deixar evidente que perder faz parte da vida! Mas não podemos olhar somente por esse prisma, já que a vida é multicolorida! De cada perda, podemos sim enxergar um ganho. É o poder humano, a nossa capacidade de mutação, de aprimoramento, de reconstrução.

A vida é cíclica, e muitas vezes espiral, e nós sabemos que no meio de uma tormenta é quase impossível enxergarmos as “vantagens” de uma Perda. É com o amadurecimento, com uma boa rede de apoio, e com o propósito de sermos positivos que aprendemos com as nossas muitas quedas. E crescemos de tal forma, que parecia impossível.

Tenha sempre orgulho do que você conquistou. Mesmo que perdendo, Eu sei, Você sabe, QUE VOCÊ GANHOU!

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Débora atua como professora do Município do Rio de Janeiro há mais de 20 anos. É Pedagoga, Psicopedagoga Institucional e Clínica. É filha, mãe e avó.

> Gostou do artigo? Leia o primeiro texto da autora: A dor como segregadora social

>> Agradecimento pela Imagem:  Ratna Fitry

Quantas vidas você tem?

Quantas vidas você tem?

Te convido a fazer comigo esta reflexão: Quantas vidas você tem? Estranhou a pergunta?
As palavras têm força. Elas representam energia e intenção. Se você tem mais de 30 anos deve ter notado que várias cantigas infantis mudaram suas letras… justamente porque as palavras têm força. E não se trata de ser politicamente correto, mas de se expressar com a intenção correta, ou seja, dizer o que você quer dizer.

 E aí, lembrou de alguma música?
Que tal o “atirei o pau no gato, mas o gato não morreu”. Cruzes, que horror! Você repreenderia seu filho se o visse maltratando os animais, mas crescemos cantando isso.
As palavras têm força!


E o bolo nêga maluca?
Por mais folclórico que sejam e não retratem um preconceito ou psicopatia de quem canta ou pede a sobremesa, as expressões normalizam as ações.

Vamos agora para o mundo corporativo.
Você usa a expressão “vida pessoal e vida profissional?”
Huuum… pensando?

Então, quantas vidas você tem?

Comecei a trabalhar nos anos 90 em RH, que, a propósito, tinha acabado de ganhar este moderno nome. Uma transição do DP ou Departamento Pessoal. Eu trabalhava numa indústria onde batalhei para implantar o conceito de treinamento para aumento de produtividade, uma revolucionária ideia de que as pessoas deveriam entender a razão das regras para segui-las. Bem, consegui!  Montei a área de RH. Durante anos coexistimos na empresa, DP e RH. Contando isso hoje soa estranho, não?

Bem, nesta mesma época o conceito de gestão moderna trazia expressões como “vestir a camisa” e, a adaptação que mostrava ainda mais comprometimento, “suar a camisa”.
Uma outra expressão que surgiu naquela época e eu orgulhosamente defendia era: “entrou na empresa, sua vida pessoal fica do lado de fora”. Olha, ainda bem que prefiro ser uma metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo… salve Raul.

As expressões acima, que forjaram as crenças da geração X, induzem a colocar o trabalho em 1o lugar, tanto acima da família, como da saúde, do lazer. Verdade! Férias? Quantas vezes o “vender os dias” demonstrava comprometimento? E sobre o horário de trabalho? Ser o 1o a chegar e o último a sair. Se você virasse a noite então era a estrela, a referência.
E assim, fomos reforçando o conceito de vida pessoal e vida profissional.

Mas, volto a perguntar: Quantas vidas você tem?

Bem, eu só tenho uma.

Vida Integral

Uma vida única, requer coerência. Não é possível, por exemplo, se dizer uma pessoa ética e continuar trabalhando para uma empresa corrupta. Ou ser vegano e trabalhar no comércio de animais. Assim como não é possível trabalhar em uma empresa que defenda a diversidade e inclusão, mas em uma discussão, a pessoa usar argumentos preconceituosos.

Recentemente assistimos à três casos onde as empresas tomaram a decisão de demitir em função de comportamento fora do ambiente corporativo, mas que feriam os Valores corporativos.

O primeiro foi o de uma executiva que mantinha uma idosa em sua residência em situação análoga à escravidão. O segundo caso foi em julho 2020 onde a profissional ofendeu com a intenção de humilhar um fiscal da Prefeitura do Rio de Janeiro que fazia seu trabalho com muita educação, orientando sobre a não aglomeração nos bares cariocas. E o terceiro, em abril deste ano, quando a empresa demite um funcionário por comentários racistas no blog de um ex integrante do BBB21.

Coerência! 

Ficou claro não é mesmo?  A vida é única, integral, indivisível.

Uma vez que temos uma única vida, onde todos os nossos papeis sociais devem coexistir em harmonia em benefício da nossa saúde integral, que tal pararmos de dividir a Vida?

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Andréa é idealizadora da friendsBee, startup criada com o Propósito de “Construir um mundo mais feliz” e, para tal, atua com Saúde Emocional como forma de prevenção à doenças físicas e transtornos mentais.

> Casos citados:

https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2020/06/26/avon-afasta-executiva-que-mantinha-idosa-em-situacao-analoga-a-escravidao.htm

https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2020/07/06/empresa-demite-funcionaria.htm

https://extra.globo.com/economia/empresa-de-alimentos-demite-funcionario-por-comentario-racista-em-rede-social-contra-joao-do-bbb-21-rv1-1-24960861.html

>> Outros artigos da autora:

Onde nasce a sua saúde mental?

Falar da dor é o primeiro passo para a cura

>>> Imagem: Chris Lawton ✨

Emoções, o que são e como são feitas?

Emoções, novas descobertas

Nós sabemos por experiência própria que não somos capazes de controlar as nossas emoções. Todos nós já vivemos situações em que a voz embargou, as lágrimas rolaram, a raiva explodiu, as palavras saíram do jeito errado. Então emoções, o que são e como são feitas?

Tanto por experiência própria quanto pela visão clássica da Psicologia, as emoções nos controlam e com frequência elas estão de mal com a nossa razão.

Emoções pela Teoria Clássica

A teoria clássica nos diz, inclusive, que temos algo em torno de 5 emoções básicas (alguns teóricos falam em 6), sendo as emoções mais sutis nada menos do que a mistura das básicas.

Medo, Nojo, Tristeza, Raiva e Alegria, seriam como entidades vivendo em compartimentos distintos, com alguma comunicação entre si. Quase como potinhos cheios do seu humor específico, esperando para derramar e inundar o sistema nervoso. Quem assistiu ao filme Divertidamente, viu essa teoria representada em animação.

Cada emoção teria as suas próprias características específicas e permanentes, seriam desencadeadas por situações semelhantes e elas ficariam evidentes nas nossas expressões como propaganda num outdoor. Então bastaria identificar os marcadores fisiológicos das emoções e o lugar no cérebro de onde elas seriam originárias.

Décadas de procura e…

Para comprovar a teoria clássica, partiu-se então em busca de evidências incontestáveis da presença de emoções básicas e universais. Cientistas foram a povos distantes, colocaram sujeitos dentro de scanners cerebrais, injetaram drogas bloqueadoras de diversos tipos, fizeram milhares de entrevistas… Foram décadas de pesquisas para encontrar os marcadores ou impressões digitais das famosas emoções básicas.

E… o que encontraram? Nada de emoções básicas, nem uma emoção universal. Ao invés de universalidade, encontrou-se diversidade! E já que os dados apontavam em outra direção, surgiu uma nova teoria das emoções.

A Teoria das Emoções Construídas

A primeira pista de que a coisa não era como se pensava veio da nossa própria experiência. Quantas formas você tem de sentir e demonstrar alegria? E raiva? Tem gente que chora quando fica com raiva, mas raramente chora de tristeza. Quem nunca chorou em casamento, um momento de alegria? Eu, por exemplo, sou capaz de chorar até em comercial de margarina, se ele tiver final feliz.

O mesmo pode se dizer das expressões faciais. Quem vê apenas a face de um campeão olímpico no momento da glória, pode jurar que ele está ardendo em raiva. E o que dizer das sensações corporais tão presentes nas emoções? Aquele frio na barriga na hora de fazer uma apresentação em público. Para muitos é sinônimo de pânico, para outros, de empolgação.

Além disso, as imagens do cérebro vivo em situações que desencadeiam emoções não apontaram para similaridades. Até o tão famoso sequestro de Amígdala (refiro-me à região cerebral, não a que mora na sua garganta!) não passou no teste. Esse fenômeno era compreendido como condição fundamental às reações intempestivas de luta ou fuga. Mas de fato, mesmo pessoas com lesão na amígdala também são capazes de ter essas reações.

Se as emoções não são o que pensávamos, o que são?

Como já disse o Rei: “São tantas as Emoções!” Amor, raiva, medo, compaixão, serenidade, paz, tristeza, ódio, temperança, idolatria, atração, desprezo, indiferença, ansiedade, depressão, e tantas outras…

Emoções são uma “explicação” do que está acontecendo conosco, na situação em que nos encontramos. Nosso cérebro passa o tempo todo associando sensações corporais, pensamentos e informações do ambiente e do contexto para decidir o que vem a seguir: o que dizer, o que sentir, o que fazer.

Infelizmente, algumas dessas “explicações” levam pessoas a (re)agir de modo inadequado. Em alguns casos dramáticos, por exemplo, o que se chama de amor está desde a infância associado a atos de violência. Em outros, o sentimento de autoestima é associado ao desmerecimento do outro. E assim por diante.

Em outras palavras, emoções são a nossa resposta ao que está acontecendo conosco naquele determinado momento. E essas respostas são altamente influenciadas pela nossa história de vida (aprendizado) e pelas condições fisiológicas e mentais daquele momento.

E daí?

Isso muda a nossa vida? Muda muito! Se pensarmos que as emoções são realmente entidades que nos habitam, sobre as quais não temos controle, então não há o que fazer.

Outro dia vi uma camiseta que resume bem essa visão: “Desculpe pelo que eu disse quando estava com fome!” O sujeito já antecipa que não se responsabiliza pelo que diz nessas horas.

Mas, se entendermos as emoções pelo que realmente são, uma simples conclusão da sua mente para um dado contexto, podemos assumir alguma responsabilidade pelo que se passa.

Podemos então aprender a nomear o que sentimos, e a checar se esses nomes têm de fato respaldo no nosso contexto. Ao validar ou renomear o que sentimos, nós podemos reeducar as nossas mentes para re(agir) de forma mais inteligente, mais madura e na direção da nossa FELICIDADE.

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Carol é Mestre em Neurociências pela Universidade de Viena. Atua como Professora, Consultora e Mentora em People Strategies. É pioneira na introdução das Mind Sciences para soluções de gestão contemporânea de pessoas e desenvolvimento de times. contato: [email protected]

> Este artigo foi baseado no livro : How Emotions are Made de Lisa Feldman Barrett

>> Gostou do artigo e quer ler mais sobre Felicidade? indicamos: A Felicidade em ser Você

>>> imagem de @rawpixel ✨

Autenticidade como caminho para o bem-estar

Autenticidade, o poder de ser você!

Quantas vezes você recuou um posicionamento, cancelou o início de um projeto ou até mesmo deixou de fazer algo que te traz satisfação por opinião de terceiros?  Você já considerou que estas opiniões podem não ter levado em consideração a sua naturalidade e sim como o aconselhador vê o mundo?

As pessoas têm dificuldade em aceitar o diferente e foi assim com Nicola Tesla, chamado por muitos de louco. Entretanto você possivelmente não estaria lendo este texto se não fosse ele ter inventado os geradores de corrente alternada que iniciaram a era da eletricidade.

Autenticidade e bem-estar

Quero trazer aqui uma forma diferente de pensar sobre este desafio, ou até mesmo coragem, que precisamos ter para encontrar o bem-estar através do pensar, relacionar e agir livremente. Simplifico a liberdade desses três pontos (pensar, relacionar e agir) como sendo a sua autenticidade. Quando não estamos alinhados com ela, gastamos tempo e vitalidade com agrados, obrigações e julgamentos. Caminhamos no sentido oposto da observação da vida, da apreciação da naturalidade em fazer e de se abrir para as experiências nos encontros.

Existem quatro pontos essenciais no desenvolvimento da sua autenticidade que possibilita o seu bem-estar. Lógico que não se trata de uma receita de bolo, pois cada indivíduo possui sua individualidade, mas se você aceitar a experiência destes quatros pontos, tenho certeza de que irá melhorar sua saúde emocional, mental e espiritual, além de evoluir em sua expressão verdadeira. Vamos parar de suspense e conhecer a Aceitação, Cooperação, Eu Verdadeiro e a Empatia e Entusiasmo. Na sequência vamos à prática, pois informação sem ação não se transforma em conhecimento.

1) Aceitação

Certa vez, Rose Eidman, uma caminhante brasileira de codinome Rose Trail, compartilhava sua experiência em percorrer a PCT (Pacific Crest Trail) com seus 4.286 km de extensão, cortando do sul ao norte os EUA. Lá pela metade da trilha ela se encontrava em uma região montanhosa e há dias ela só subia. Nada de plano, nada de descida, só subida. Após alguns dias subindo, ela acordou para mais um dia de caminhada e como de costume, consultou seu mapa para observar o que estava por vir. 

Foi quando percebeu que se tratava de mais um dia de subidas intensas. Naquele momento ela se questionou “O que eu estou fazendo aqui?”. Um lapso e ela considerou que tinha feito uma péssima escolha. Que chegara a hora de desistir.

Entretanto, logo percebeu que aquelas subidas faziam parte de sua escolha de percorrer toda a extensão da trilha. Era necessário tomar uma decisão quanto aos desafios que iriam surgir. Foi quando ela decidiu que a partir dali não ia mais reclamar dos desafios impostos pela trilha, enfrentasse ela mais 10, 20, 30 dias de subida, estaria tudo bem, pois aquela tinha sido a sua escolha e precisava aceitar o que surgia.

Aprendendo com o outro

Nesta história aprendemos que o importante é aceitar suas escolhas, sejam elas boas ou   ruins. Durante o processo podemos gerar resultados que não esperávamos, como subir   montanhas intermináveis, mas se tivermos a sabedoria de nos perdoar por estes resultados teremos alcançado a aceitação.

Esta é a primeira lei espiritual do seu eu verdadeiro. Ela te apoia a ficar de pé diante das suas escolhas, pois todas que fizer a partir de agora serão feitas de forma amorosa. Elas serão realizadas com consciência de que virão com custos e benefícios e tudo bem, você se perdoará e aceitará o que está por vir.

O resultado mais importante e encantador da prática da aceitação é a oportunidade de sair do jogo da vítima, assumir que sua vida está exatamente da forma que deveria estar. Você se torna responsável por suas escolhas.

2) Cooperação

Para que haja cooperação consigo é preciso compreender as ações que funcionam e as que não funcionam em seu processo de evolução. Já recebemos uma dica de como reconhecer estes momentos utilizando a aceitação.

O que te apoia, mantenha vivo e aperfeiçoe. Já o que não te apoia, reconheça como parte de você mas não dê espaço para que isto prevaleça, ou seja, abra mão sem medo, mas não o negue.

                       Doença não é o que pegamos, mas o que não eliminamos, e o que não eliminamos é o que nos adoece. Essencialmente, precisamos soltar o que já não nos serve. (John Roger – JR)

Afinal, viemos ao mundo para aprender! Coopere com você escolhendo ações que funcionem e te elevem, assim você estará mais próximo de uma vida saudável e com bem-estar.

3) Eu Verdadeiro

Até aqui já aprendemos a nos aceitar e a cooperar conosco. Agora vamos elevar mais um nível, onde aprendemos que todas as circunstâncias que vivemos servem como aprendizado, sejam elas boas ou ruins.

 Buscar o aprendizado quando estamos vivenciando um momento agradável é fácil. A coisa se complica nos momentos ruins. Tendemos a negar estas circunstâncias enquanto elas estão em curso. Porém, nestes momentos é que temos grandes aprendizados na vida. Para se certificar disto basta recordar quais foram os momentos em que você mais aprendeu, e certamente perceberá que uma quantidade significativa aconteceu em momentos difíceis.

Entretanto, não precisamos distinguir momentos ruins de momentos bons, pois são todos momentos de aprendizado e, quando aceitamos que tudo em nossa vida surge para nos evoluir, fica mais fácil cooperar conosco e seguir no processo da evolução.

Não estou querendo dizer que os momentos difíceis não vão lhe causar dor, mas esta pode ser reduzida em tempo e intensidade, quanto mais você entender que a dor nada mais é que um processo de aprendizado. Deus dá o frio conforme o cobertor. Em outras palavras, nada será colocado em sua vida que você não consiga resolver.

Acontecimentos fáceis ou difíceis chegam, pois estamos prontos para aprender.

4) Empatia e Entusiasmo

“Cuide primeiro de você para depois cuidar dos outros – J.R”

 A frase acima contraria o que aprendemos ao longo da vida pois somos estimulados a estar sempre a postos para cuidar do outro. Caso contrário, recebemos o título de egoístas.

No entanto, como você poderá cuidar de alguém se descuida ou negligencia o seu próprio cuidado?

Autenticidade, caminho para o bem-estar

Até aqui as três Leis que conhecemos trabalharam o nosso interior.  Em nosso amor, cuidamos primeiro de nós e agora, fortalecidos, podemos seguir em frente. Todavia, de que serviria estarmos bem conosco, fortalecidos em nossos talentos de transformação, se não os utilizarmos para melhoria do mundo que nos cerca?

Agora você segue ao encontro do outro com consciência e clareza de quem você é, dos talentos que possui, e partilha do amor e serviços aos que precisam da sua transformação.

Reconhecer a necessidade no outro e estar consciente e a serviço para resolvê-la, com amor, é atingir a empatia embebida de nossa autenticidade que nos nutre de entusiasmo.

Autoconhecimento

Autoconhecimento quando somente para você é egoísmo, mas quando você coloca quem você é para o mundo, você o faz pela empatia.

Apesar de tudo que foi dito acima ser algo muito simples, infelizmente não é fácil. Pede dedicação, clareza nas escolhas e autorresponsabilidade. Mas estar consciente em seu dia a dia destes quatro pontos te trará saúde, muito além do físico. Trará saúde do espírito.

Esses caminhos podem ser bem agradáveis de experimentar se você escolher uma área da sua vida para aplicar. Pode ser nos relacionamentos, carreira, financeiro, saúde. Você escolhe!

Vamos praticar

Como disse no início, informação sem ação não gera conhecimento, então vamos à prática com um exercício simples, que vai te trazer à consciência na mesma profundidade em que se envolver com ele.

Vamos pegar a saúde como exemplo, mas você pode aplicar naquilo que escolheu.

O quê nessa área da sua vida você não está aceitando? O que você faz para não cooperar com ela? Qual entendimento você tem sobre essa área? Que insatisfação isso te gera?

Todas as respostas acima fazem referência ao seu eu falso, mas agora você já o conhece e sabe os pontos que deve ficar alerta.

Agora vamos às perguntas para o eu verdadeiro…

O que você deseja aceitar nesse momento sobre essa área da vida? Como você pode cooperar dentro dessa ação em aceitar? Qual é o seu entendimento sobre o que funciona para você? Qual entusiasmo te gera quando você constrói essas respostas? E como se sente diante do outro? Você acredita que este caminho pode te possibilitar saúde e bem-estar?

Eu não estou trazendo uma única verdade, estou apenas te convidando a experimentar e saber se funciona para você! Você é livre para fazer escolhas claras e amorosas todos os dias!

A autenticidade é um caminho de aceitar, cooperar, entender você e, claro, compartilhar! Experimente!

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Elaine é Mentora, Coach, Consteladora Familiar e Facilitadora e Criadora do Empreender Autêntico. 

Site: https://elainearaujocoach.com.br/

Instagram: https://www.instagram.com/elainearaujo_ea/?hl=pt-br

>>> Gostou deste artigo e quer saber mais? Leia o artigo de nossa fundadora Andréa Destri – A felicidade em ser você

>>>Agradecimento de Imagem: wayhomestudio ✨

E a tal da felicidade, como fica?

Felicidade e Escolhas

Todo dia estamos ouvindo por aí as pessoas falarem sobre um tema que a maioria tem como meta: SER FELIZ!

Esse nosso dia-a-dia, que cada vez mais passa “voando”, muitas vezes confundindo nossas agendas e não priorizando o que realmente é essencial, nos leva a refletir se a felicidade é um conceito objetivo ou subjetivo.

Será que a minha percepção de felicidade é única, coletiva ou, na verdade, cada um tem a sua?

Ser feliz é estar à frente com essa dúvida que muitas vezes nos leva até a tentar negar nossa existência. De fato, essa tentação é maior pois é mais fácil não aceitá-la do que imaginar sua existência e aceitarmos que não a possuímos.

Ficamos frente a frente com uma questão pouco discutida, e quase nunca refletida, em nosso cotidiano que nos atropela, deixando-a para segundo plano, o das ideias, o do imaginário, quer seja positivo ou negativo, mas de qualquer forma distante…

Quando paramos pra pensar, vemos que encarar a vida não é nada fácil, pois o que mais temos que fazer são escolhas. E cada escolha significa que renunciamos a um outro modo de ser, de fazer outras escolhas.

Estamos nessa corrida desenfreada da nossa existência, condenados a fazer escolhas!

E assim podemos errar ou acertar, perder ou ganhar, tudo dependendo do que viermos a escolher.

Assim, se conciliarmos nossas escolhas com a angústia que sempre nos acompanha, emocionalmente ficamos numa situação muito mais complexa.

Podemos responder o que é a tal felicidade?

Eu me arrisco a dizer que ser feliz não é, necessariamente, estar sempre alegre. O sofrimento e a angústia também fazem parte da vida e da própria felicidade. Se tudo na vida fosse só alegria, as pessoas não dariam real valor à felicidade…

Quantas vezes para sorrirmos é tão importante termos chorado antes? Chorar para saber como é bom sorrir… Quando falamos em saudade, então as coisas se tornam ainda mais complexas. Principalmente nesse momento de pandemia, onde estamos restritos, isolados, nos obrigando a saber o quanto gostamos de alguém…

Nessas condições muitas vezes até temos tudo, mas perdemos a sensação de valor e pode parecer que não temos nada.

Nossa vida é um constante movimento e, por isso, vamos viver o momento, não deixando o passado de lado e projetando nosso futuro.

Infelizmente não poderemos escapar dos momentos difíceis que fazem parte da nossa vida e que não conseguiremos evitar, porém são momentos necessários para aprendermos, para que possamos escapar de coisas similares no futuro.

Usando o ponto de vista do filósofo Karl Jaspers percebemos que ele ressalta: “Os problemas e conflitos podem ser a fonte de uma derrota, uma limitação para a nossa potencialidade, mas também podem dar lugar a uma maior compreensão da vida e o nascimento de uma unidade que se fortalece com o tempo.”

Assim, com essas visões a estes pontos de vista, podemos concluir que a felicidade não pode ser compreendida como uma coisa ditada, por uma essência pré-definida existente no homem, ou como um sentimento.

Assim podemos nos fortalecer e até sugerir entender a felicidade como o nosso dia-a-dia, como a nossa própria vida sendo vivida de maneira intensa e com responsabilidade nas próprias escolhas que fazemos, seja nas alegrias ou nos sofrimentos, buscando sempre um aprendizado.

Quando vamos para o Universo Corporativo percebemos que também se aplicam as observações e comentários, pois não somos divisíveis e nosso interior nos acompanha. Nesse caso as escolhas muitas vezes são muito difíceis, mas fazem parte da nossa jornada, aprendendo todo dia, sendo forte o bastante para entender quão complexo é ser feliz e que nem sempre só coisas boas são necessárias para o caminho rumo à felicidade.

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Edmundo é Conselheiro certificado pelo IBGC e vem se dedicando ao desenvolvimento de Novos Negócios. Também atua como Diretor Institucional da EqualWeb Brasil, uma plataforma Israelense para Acessibilidade Digital à pessoas com problemas visuais e de mobilidade.

*Texto baseado nas reflexões de Mary Alvarenga  http://www.filosofia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1292

>>> Artigos sobre o tema Felicidade: A felicidade em ser você

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Diversidade e Inclusão: Uma Jornada de Respeito

Diversidade e Inclusão é respeitar o ser humano

Qual o seu propósito? Essa vem sendo a pergunta que mais ouço as pessoas fazerem a si mesmas e aos outros ao longo dos anos.

É interessante como precisamos muitas vezes de uma frase de impacto para embrulhar e dar laço ao que já faz parte de nossa essência.

Minha História

Desde pequena gostei de gente. Sou parte de uma família numerosa e sempre vivi cercada de mãe, irmão, avós emprestados, tios, primos, amigos, amigos dos meus primos, vizinhos, primos dos meus primos que também se tornaram meus, enfim, gente, muita gente.

Quando fiz minha escolha de carreira, lá ainda com 17 anos de idade, escolhi ser Administradora. Meu primeiro estágio foi certeiro: Entrei para a área de Recursos Humanos de uma empresa dos sonhos dos jovens no Rio de Janeiro. Até hoje já são mais de 25 anos trabalhando para propor melhores soluções e práticas de gestão de pessoas nas organizações, tanto no Brasil como na América Latina.

Ao me deparar recentemente com uma importante inflexão de carreira, percebi que nos últimos 15 anos eu trabalhava com algo que me fazia brilhar os olhos: A Inclusão de gente diversa.

Meu Propósito!

No início eu achava que era apenas por gosto, mas depois percebi que era algo que me fazia acordar animada todos os dias: Ajudar que pessoas e organizações se conectassem para exercerem seu máximo potencial. Nossa, eu tinha um propósito!

Mas o que isso significava de fato?

Ao me aproximar dessa pergunta, percebi que um tema que mais afastava as pessoas de se conectarem umas às outras tinha a ver com uma palavrinha simples, fácil de soletrar de nosso vocabulário, mas que exerce enorme impacto sobre as relações.

Seu nome é RESPEITO.

Nessa jornada, fui percebendo que quanto mais as pessoas se sentiam respeitadas e, portanto, valorizadas e reconhecidas, mais elas se sentiam saudáveis, conectadas e felizes.

Quando o contrário acontecia, quando o ambiente se fazia hostil e de desconfiança, os índices de engajamento despencavam, sem falar em doenças ocupacionais, burnout, dentre outras enfermidades que passeiam livremente e de forma indiscriminada pelos corredores reais (e virtuais) do mundo corporativo da atualidade.

Diversidade e Inclusão é Estratégia de Negócio

Daí não foi difícil chegar à conclusão de que empresas mais felizes e rentáveis, são aquelas que mais valorizam e respeitam as pessoas por serem exatamente quem são. Esse é inclusive um dado da McKinsey de 2020, em sua pesquisa anual, que dá conta de que empresas que valorizam e vivem a diversidade, tem colaboradores mais comprometidos e felizes trazendo resultados financeiros positivos. Lembrando que a consultoria mencionada não é de Diversidade e sim de Estratégia.

Sim, trabalhar a inclusão da diversidade nas organizações é estratégico e traz resultados positivos para toda a cadeia de valor.

E o que isso tem a ver com saúde? Tudo!

Não é possível exercer seu máximo potencial sem que seja colocado à disposição seu melhor talento. E apenas o fazemos quando nos sentimos plenos e confortáveis para sermos quem somos no ambiente de trabalho, acarretando em saúde física, psíquica e emocional.

Organizações saudáveis são aquelas, portanto, que possuem um ambiente inclusivo, que valorizam a diversidade, que respeitam seus funcionários, clientes e parceiros e que entregam aos acionistas muito mais do que resultados de curto prazo; entregam saúde e longevidade de seus negócios, pois conseguem imprimir no seu dia a dia a qualidade das relações que conectam, pavimentando a estrada do respeito e da empatia e construindo uma verdadeira jornada de respeito à individualidade, à integridade e ao talento de cada SER HUMANO.

Simone Soares Bianche, Fundadora da SSB Diversidade | Consultora ONU Mulheres Consultora em Estratégia da diversidade e Ambiente Inclusivo, Simone auxilia empresas na implementação de ações para a ampliação de conscientização através de criação de pontes para o desenvolvimento de pessoas e organizações.

Leia mais sobre Propósito no inspirador texto de Nélio Bilate: https://www.friendsbee.com/beeblog/proposito-de-vida/

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Propósito de Vida, o amor como condutor

“… estou procurando, procurando.

Estou tentando entender. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem, mas não quero ficar com o que vivi.

Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda.”

Esse pequeno poema de Clarisse Lispector mostra bem o sentido do Propósito. O ponto para o despertar está exatamente aí. Ou seja, o desejo de não ficar mais com o que aprendemos, com os nossos talentos, valores e habilidades. Precisamos entregar para o mundo. Não se trata mais de nós mesmos. Se trata do que vamos deixar para o mundo.

Quando comecei a entender e a estudar mais sobre Propósito (e gosto sempre de colocar o “P” em letra maiúscula), percebi muita coisa que já estava ecoando dentro de mim, mas que eu não sabia nomear.

Meu objetivo nesse texto é o de elucidar um pouco como podemos entender, nos alinhar e viver o nosso Propósito.

Em primeiro lugar o Propósito de vida não está conectado ao EGO. Isso quer dizer que não tem a ver com as nossas recompensas ou com reconhecimento. Tem a ver com o impacto do que fazemos na vida do outro, do entorno, da humanidade.

Do Autoconhecimento ao Flow

O ponto de partida se dá quando, VERDADEIRAMENTE, mergulhamos no AUTOCONHECIMENTO e decidimos olhar para a gente primeiro para depois olhar para o mundo lá fora. Não tem como descobrir a necessidade do mundo se as nossas necessidades não estiverem preenchidas. E tudo começa pelo DOMÍNIO PESSOAL, onde precisamos trabalhar nossos medos e nossas crenças limitantes. Depois disso, ou ao mesmo tempo, partimos para a INDIVIDUAÇÃO. A palavra é meio esquisita, mas é isso mesmo. E o que quer dizer? Quer dizer que nessa hora precisamos saber da nossa verdadeira identidade. Assumir quem somos de verdade com autenticidade e autoexpressão, pensando e agindo de forma abundante.

Costumo dizer nas minhas palestras sobre Propósito que ele – o tal Propósito – é irmão da expansão, da abertura e da liberdade. E quando assumimos a nossa identidade e entendemos nossa verdadeira expressão e forma de vida, estamos prontos para a terceira etapa que é a AUTOREALIZAÇÃO, que é a nossa conexão com os nossos valores e com a nossa essência, encontrando a satisfação e o famoso “flow”, que irei explicar um pouco mais para frente.

Trabalhado essas três etapas, o próximo passo é SENTIR a necessidade do mundo. Aquilo que enxergamos, sentimos e sabemos que precisamos fazer algo para resolver, para ajudar com impacto positivo. É como se fosse um “chamado”. Algo que a gente vê e tem a sensação inexplicável de que pode resolver. Para isso é muito importante ter absoluta consciência dos nossos TALENTOS, VALORES E PAIXÕES. E sempre que me perguntam o porquê dos valores, respondo que sem eles, podemos nos perder. Os valores de vida são a nossa “bússola moral”. Aquilo que nos ancora e nos fortalece como indivíduos.

Valores como: ética, integridade, amor, saúde, alegria, colaboração, confiança, coragem, comprometimento, respeito, honestidade e tantos outros. Caso você queira saber um pouco mais sobre os valores que te regem, sugiro entrar no site www.valuescentre.com e fazer o seu assessment de valores que está intitulado como PVA (Personal Values Assessment). Vale a pena.

Os valores são super importantes para a condução de sustentação do nosso Propósito pois eles nos ajudam no “COMO” podemos viabilizar os nossos talentos e aptidões.

Amor como condutor

Normalmente o Propósito está ligado a um verbo PODEROSO de ação, como transformar, melhorar, cuidar, desenvolver, integrar, conectar, viabilizar etc. É preciso SENTIR que verbo tem a ver com o nosso coração e com o nosso querer. Mas é preciso registrar aqui que nenhum verbo terá sentido, nenhum Propósito será efetivamente possível de ser vivido, se não tivermos AMOR. O amor é grande condutor de toda essa jornada. Sem amor não faz sentido, não tem significado e, acima de tudo, não tem entrega altruísta.

Propósito nas empresas

O Propósito pode existir para pessoas e organizações. Normalmente ele serve como um “convite” para uma AÇÃO. Sim, o Propósito precisa de ação! Não adianta ele ficar no desejo, no sonho, na vontade ou nas palavras. Ele precisa ser exercido em toda sua plenitude. E o melhor é quando ele se torna o centro na nossa melhor entrega e atividade. Relaciono aqui exemplos de Propósito de algumas empresas que considero válidos para o que elas fazem e entregam para a sociedade:

GOOGLE: Organizar a informação do mundo.

TESLA: Acelerar a transição para o transporte sustentável.

DISNEY: Alegrar a vida das pessoas.

FACEBOOK: Dar às pessoas o poder de compartilhar.

JOHNSON&JOHNSON: Cuidar do mundo, uma pessoa de cada vez.

Notem que são Propósitos declarados com frases curtas. Isso é muito importante, pois se não for direto a partir do verbo e com o IMPACTO CLARO para o outro, o Propósito pode ser confundido com missão.  

Quem consegue fazer do seu trabalho um MEIO para o seu Propósito, sem dúvida nenhuma se torna uma pessoa mais FELIZ. Mais do que isso, ou junto a isso, consegue entrar no seu estado de “FLOW”. E o que significa o tal “flow”? Gosto de explicar o “flow” através da frase da maravilhosa cantora Nina Simone, após seu épico concerto no Festival de Montreux em 1976.

“No começo, eu comigo. Eu com os demônios. A Plateia emudece. Esqueço de mim. Há uma conexão. Eu e a plateia. Uma coisa só. Só o absoluto. Não existe mais eu. Não existe mais plateia. Só vibração. Só o invisível. Foi mágico. O mais perto que cheguei de Deus.”

Propósito e Legado

O “flow” é a conexão máxima com o Propósito, com a entrega, com a sensação clara do impacto gerado. Ele exige muita concentração e foco, além de muito domínio do que está sendo feito. Isso quer dizer que o “flow” está muito mais conectado com o sentir do que com o mental. E é aí que ele combina com o Propósito. Você não consegue explicar. Simplesmente sente.

Uma vida com Propósito é uma vida mais plena, mais simples, mais leve. Como eu disse antes, Propósito é expansão e liberdade. Para isso, o importante é começar pelo básico. Esse básico depende de cada pessoa, é claro, mas precisamos olhar para isso como fonte de energia positiva e motivação. Um básico que começa por se divertir mais na vida, se alegrar com as coisas mais simples, julgar menos e entender mais. Vibrar mais com a natureza, a arte, a música. Dançar ajuda no caminho para o Propósito.

Interagir com as pessoas sem medo e sem tantas barreiras. Ter e viver a empatia e a compaixão. Cuidar mais de si, desenvolvendo e fortalecendo o equilíbrio físico, emocional, mental e espiritual. Apreciar muito a beleza da vida e sorrir mais, muito mais. Escolher melhor as coisas, pessoas, lugares, tarefas e principalmente o que vemos, ouvimos e lemos. Propósito tem a ver com o nosso desejo genuíno de VIVER simplesmente porque precisamos deixar uma marca, contar uma boa história e ter paz no coração, por ter vivido e feito algo de bom para alguém.

Nélio fundou a NBHeart em 2008, onde busca ajudar as organizações em seus processos de cultura e transformação. 

Nossos agradecimentos à Moni Mackein pela imagem